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¯`*·.¸¸♥ღ°Quem é essa que me olha de tão longe, com olhos que foram meus?(Retrato antigo - Helena Kolody) ¯`*·.¸¸♥ღ° Quem é essa que me vê do lado de lá quando eu dela preciso cá? Quem é essa que está em mim e eu nela em hora sem fim? Quem é essa, quem sou eu?De tanta pressa o vento a levou...Fiquei eu Olho no olho O meu no seu Num retrato antigo Num estar comigo Num olhar só meu. (Janice Persuhn)¯`*·.¸¸♥ღ° De retralho em retalho tiram pedaços de mim de espaço a espaço costuram os vazios de mim de palavra a palavra descobrem eu sou mesmo assim. (Autópsia) ¯`*·.¸¸♥

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Meça as suas palavras quando se referir aos meus professores

Escrita perfeita de Margot Jung

 da Folha de Londrina

Margot Jung
Governador não chame os nossos professores de baderneiros. Anarquistas alguns são mesmo, comunistas também, mas baderneiros não.
Eu não estava lá, não sei se houve algum tipo exagero por parte dos nossos mestres, mas se houve, eu entendo o lado deles.
Sabe governador, a paixão causa rompantes, exageros, paixões as vezes nos tiram a razão e nos fazem cometer desatinos, principalmente quando o alvo da nossa paixão é colocado em risco.
O Sr. já deve ter passado por isso também, todos nós passamos. E os educadores do nosso estado são apaixonados pelo que fazem, porque, convenhamos, com todas as mazelas que sofrem (e não estou falando só de salários e estrutura das escolas não, existe toda uma desvalorização por parte dos alunos e de alguns seguimentos da sociedade), só com muito amor mesmo pra não desistir.
Após esses dias de ocupação, foi bonito ver as declarações de dois deputados, um da oposição e outro da base do governo, dizendo o que os professores ensinaram a eles com tudo o que aconteceu. Eu achei bonito porque eles cumpriram seu papel, afinal são os nossos mestres e é isso que eles fazem: ensinam.
Lembra na escola Governador, quando a gente queria fazer bagunça, não prestar atenção na aula? Nossos professores nos olhavam feio, nos davam broncas e muitas vezes nos deixavam de castigo e isso foi positivo pro nosso crescimento e aprendizagem.
O que os professores do estado fizeram nesses dias foi exatamente isso, e por mais que não tenha sido do jeito que deixasse todo mundo feliz, eles nos ensinaram uma grande lição, mais uma: Uma democracia é feita de discussão, de pontos de vista diferentes e eles precisam ser discutidos. Em uma democracia Sr., as coisas não podem passar por decreto.
Para finalizar, ainda que tenha ocorrido algum problema, reafirmo, foi por paixão. Tanto foi, que depois que sentiram que sua paixão não corria risco imediato, nossos mestres, como grandes professores de civilidade, desocuparam a ALEP, e mais, arrumaram a casa e a devolveram em ordem.
Eles tiraram o seu amor do perigo imediato e já podem descansar um pouco. Só lembre que essa paixão é eterna e o apaixonado está pronto pra voltar ao combate caso o objeto de sua paixão seja novamente ameaçado.
A gente sabe que o Sr. está bravo, porque assim como, quando na escola os professores não te deixavam fazer bagunça, agora eles impediram que o Sr. aprovasse as medidas que acredita serem necessárias.
Mas por favor, meça as suas palavras quando se referir aos meus pais, aos meus tios, aos meus amigos e colegas, aos meus professores, tanto aos da escola, da faculdade, como aos da vida.
Espero que, com esse movimento, o Sr tenha aprendido a lição que faltou na escola, uma velha lição que diz: Manda quem pode e obedece quem tem juízo. Nesse caso, Sr. Governador, espero que o Sr. tenha criado um pouco de juízo, porque quem manda são eles.

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